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quinta-feira, 21 de junho de 2012

re(vo)l(to) nulo

era doença, sabia
acordou no desmaio,
menina pro hospital, público,
hospital era o nome, de cura
nem semancol, chegava joão,
maria e toda formação alfabética
e combinação provável, pronto
socorro, de pronto nada, só socorro,
dos berros mais ensurdecedores,
quero sair, faz meio período todo que
tô esperando e a única que
me convida é a vergonha, minha
vergonha alheia, de ver essa problemática
toda e não ter quem culpar, se o governador la
longe fora de visão é o erro, como médico que
formado, diz que é remédio se a todos
não vem chamar? direito é pra quem é, saúde
é pra ganhar, votação, distinção? nenhuma
escolha vai mudar se povo não é solução,
quando essa injuria passar talvez todos
estejam já longe dessa vida e nas mesmas
condições, e, menina, que veio só pra
procurar ajuda por sua má situação,
encontrou-se a meio da população
em sua inquietude satisfação a falta que
a honestidade faz pro coração, entendeu-se
mais de batimentos por sua impaciência e mal
estar que o comandante hospitalar e ali não existia
último que tornava primeiro e vice-versa,
existia desordem e indignação, a
dor física naquelas horas esfriavam
perto do tratamento psicológico
que o local de recuperação
infernizava cada um, calma
menina, fique a tua espera que é o
que faz de melhor, já que no fim do
ensejo o único jeito é ir embora com a
receita médica sem ter resolução dos impasses,
a doença vai embora menos a culpa da falta
do tempo que puderam salvar, a
vontade da menina era peculiar e
convincente, doar a receita medicada de consciência
no lugar da de seus, e poder sorrir tranquilamente
ao despedir-se do consultório.

domingo, 20 de maio de 2012

das cores


ó diego, o dia que te vi nunca mais te esqueci, fim de outono você velho moço com seu guarda-chuva fechado, atento era sempre, o sempre daquele semáforo, durou apenas amarelo e vermelho, no verde já tinha passado com seu jeito moço chaplin, me lembro da sua boina, semáforo nunca esquecido, hoje foi tão duro sem te ver de saber que ontem olhei para trás com dó de nunca mais te ter, foi duro ler o verde, carros parando e não achar, cadê Diego? Cadê seu blazer perfumado a brechó de mamãe, cadê seu olhar embaçado ao meu esperando o semáforo, achei que olhar pra trás traria de volta, mas o passo da perna é o real da vida, desse filme só a saudade, lembro do seu passo quase que parando pra me olhar de soslaio, cadê Diego que no outro dia não apareceu, saudades. Atravessando as mesmas calçadas, achei Rodolfo sem procurar, ontem tinha faltado, senti sua falta mas hoje te vi subindo a calçada pra me encontrar, te olhava embaçado e me encantava aos poucos até congelar com a aproximação, como todo dia que, sua barba alaranjada pré-feita e seu cabelo de bom moço com um amarelo acinzentado, quando chega e fica no ponto esperando a mesma viagem que eu, paro e não me encanto, só espero o momento acontecer, o ônibus vêm la embaçado só espero pra seguir, Rodolfo, apressado que me guia pois os olhos já não deixam ver, será que diego e rodolfo são os embaços de meus? Nunca pare, seu riso ao me ouvir dizer que é meu guia me vibrou como um celular no silencioso que depois ao ler as perdidas me desespero, seu sorriso paralítico, tudo que soltasse ao ar não me faria abrir a boca, para-alisou. Calei-me e espero-te amanhã outra vez.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um



Contarei aqui sem segredos e mistérios, a estória da moça que, pensava que amava, e de falar sem pensar deixava de amar. Rebeka é uma moçoila totalmente indefinida e complicada, porém decidida(entenderão) e misteriosa(isso a deixava atraente), ela gostava de conhecer pessoas novas, mas quando conhecia um menino e, havia um olhar diferenciado e algum sentimento envolvido numa conversa eticetera, pronto, era o ponto de partida em que a menina moça se determinava a entrar um relacionamento, por isso sua frase mais pensada era "os olhos são a janela da alma", bendito seja os olhares. Bom, a menina se envolvia e ao passar dos encontros  percebia que o menino não era pegajoso(ela admira a liberdade) e conseguia ao mesmo tempo ser carinhoso(sim, tinha que ter um jogo de cintura dos mais apertados, para enfrentar sua personalidade) então, quando ela achava que devia falar, soltava de soslaio um "te amo" sem saber sequer do que tratara certamente essa frase, que para muitos têm um clichê inválido significado. Em busca do relacionamento adequado Beka tentava proporcionar o tal "amor" ao garoto para comprovar o texto precoce, mas sentia que esse amor não existia então, como estava no começo do relacionamento, para não magoar um batimento cardíaco que pode levar a um infarto, decidiu desatar todo o dito para que num futuro próximo acabasse trazendo uma dor maior.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

o que fala o coração

coração vermelho:

 de ponta cabeça: um coração desordenado, sem regras, que não é controlado e que não existe.
de lado: coração fraco, bombardeado por cores que não faz juz.
de lado oposto: coração bandido! porque ele bate contra sua própria casa, briga por estar morando num território desejando estar em outro.
minimalizado: coração menor que tal tamanho, que não o faz com seu amor.
em linha reta: um coração que sangra da mesma forma que respira.
entrelinhas: coração tinha que doer menos, tinha que ser azul.

coração azul:

- sou menos violento em azul, existo para os que fazem da minha cor o que sou, leve como o vento que passa pelo céu azul e doce como o corante de sorvete blue ice!
- se eu fosse azul ninguém usava substantivos sem saber o significado contra mim, sou inofensivo, por isso vivo escondido com pessoas procurando motivos para me encontrar e me bater com força...
- sou azul e simbolizo o amor. (?)
- se sou azul que cor seria o amor vindo de mim se não o sei?

coração preto:

Causo uma ilusão óptica, não ilusão sentimental que minha casa tanto sente.
Quem sabe o preto!, que causa saudade da mesma forma em alguns?
Poderia ser só um pedaço de mim, outra forma, ou nunca agitar, sou sedentário.
Quem sabe com efeitos? mudaria minha clichê função?

sábado, 21 de janeiro de 2012

mente, amiga

Era uma madrugada fria de verão, cobertor, filme e férias. Juventude e pensamentos mais ativos que, deixa pra lá. Na tela, Tarantino, na mente, melhor deixar lá (mesmo). Mas que mente? Não tão louca, com a capacidade e nem tão vingativa que os extermínios, kill-bill, mas enlouquecida de tanto imaginar, ver coisices além do que elas nem são e insistir nas controversas (não deixei pra lá). Sem motivação, nem tanta importância pensava de tudo, tinha as dúvidas e até respostas criadas por si, sem certezas das perguntas, claro.
Começou a interrogar porquê o despertador estomacal havia tocado sentindo fome por estar tempo sem comer(por manter-se acordada) e porquê cargas d'água com um olfato havia sentido cheiro de bife frito bem passado acebolado sendo um ser vegetariano há mais de dois anos e também buscou entender porquê foi esse aroma, porquê tão efêmero e porquê naquele horário incomum, e astuciosamente para findar o interrogatório, o porquê as pessoas tem costumes estranhos (pra quem não imagina, é normal, ou estranho), de dormir um período de um dia como uma noite sendo que se acordada pode fazer tantas coisas, como ver sangue na televisão e sentir monstros na barriga roncar (não nessa ordem), ou como usar 5% do seu talento ou se preferir fazer planos, sem ferir antecipadamente o coração(mesmo sendo rival sem más intenções com fortes ligações), já que antecipadamente, é claro, falsas expectativas podem causar aborrecimentos, mas ao menos o pensar diferente o faz bem, esperança há dicotomias, sim, mas os pensamentos podem ser só de uma maneira: normal, ou ruim(ok, foram duas). É.. vai ver tudo há dois lados, mas pularemos essa parte, já que é tão vasto.
Para finalizar a estória(não a razão), imaginou que teria de finalizar, pois o filme estava ao fim e aquele corpo pedia para que a mente obedecesse, e sempre com razão, aceitou aos pedidos de sua composição, mesmo sendo a rainha da colmeia.