" -->

domingo, 20 de maio de 2012

das cores


ó diego, o dia que te vi nunca mais te esqueci, fim de outono você velho moço com seu guarda-chuva fechado, atento era sempre, o sempre daquele semáforo, durou apenas amarelo e vermelho, no verde já tinha passado com seu jeito moço chaplin, me lembro da sua boina, semáforo nunca esquecido, hoje foi tão duro sem te ver de saber que ontem olhei para trás com dó de nunca mais te ter, foi duro ler o verde, carros parando e não achar, cadê Diego? Cadê seu blazer perfumado a brechó de mamãe, cadê seu olhar embaçado ao meu esperando o semáforo, achei que olhar pra trás traria de volta, mas o passo da perna é o real da vida, desse filme só a saudade, lembro do seu passo quase que parando pra me olhar de soslaio, cadê Diego que no outro dia não apareceu, saudades. Atravessando as mesmas calçadas, achei Rodolfo sem procurar, ontem tinha faltado, senti sua falta mas hoje te vi subindo a calçada pra me encontrar, te olhava embaçado e me encantava aos poucos até congelar com a aproximação, como todo dia que, sua barba alaranjada pré-feita e seu cabelo de bom moço com um amarelo acinzentado, quando chega e fica no ponto esperando a mesma viagem que eu, paro e não me encanto, só espero o momento acontecer, o ônibus vêm la embaçado só espero pra seguir, Rodolfo, apressado que me guia pois os olhos já não deixam ver, será que diego e rodolfo são os embaços de meus? Nunca pare, seu riso ao me ouvir dizer que é meu guia me vibrou como um celular no silencioso que depois ao ler as perdidas me desespero, seu sorriso paralítico, tudo que soltasse ao ar não me faria abrir a boca, para-alisou. Calei-me e espero-te amanhã outra vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário